O amor é o idioma universal de todos os poetas. Nem o mais inerte dos parnasianos conseguiu omiti-lo de seus incompreensíveis e rebuscados versos alexandrinos. Aquele que ama foge da mediocridade burocrática e da palavra prescrita, do sentido absoluto atribuído pelos poderosos à metáfora da vida (tão efêmera que não conseguimos segura-la com os próprios braços; ela simplesmente se vai, sem dizer adeus, junto com flores desbotadas e algumas lembranças longínquas). Quero amar, portanto. Não venho anunciar, porém, a minha vontade tão explícita. A publicidade, para isso, não me é útil. Não possuo um produto acabado que quero, aqui, leiloar. Não! O amor não é uma propriedade. O amor que sinto pelo mundo já não me pertence: foge pelos ares, liberto como a vida. Por isso, quero amar. Por um tempo até pensei ter esquecido de tal método cartesiano infalível que faz o amor despertar. “Que bom”, penso eu, agora. Não quero prever como o amor me aconteça. Quero um amor que quebre a métrica da minha própria poesia e quero que ele nasça de um parto normal; imprevisível, ainda que tão esperado.
Estou grávido, acredito.
5 comentários:
Tenho uma boa obstetra na família, caso haja complicações!
Um bom filho sempre a casa retorna!
não é mesmo!!!
Parabéns pela gravidez!!!
Fico feliz!!!
=DDD
beijos!
muuuito bom! adorei!
que bom q agora vou
poder ver teus textos sempre=)
;***
macho que é macho não engravida por isso nao rapaz, no maximo tem gases!!
Não me sinto incomodado em deixar o comentário mais doido.
Postar um comentário