segunda-feira, 15 de setembro de 2008

(des)soneto ou soneto as avessas

Palavras, versos, poesia.

Todo o sentimento em exagero: o medo, o desapego,

a agonia

O corpo inerte, o beijo tácito

As línguas que, tão perto, não se tocam

Saboreiam o mesmo hálito

Um sorriso em desconcerto

E a cada estranheza, um nó, uma incerteza

Pois nesse avesso, morrem tristezas,

Nessa beleza, em prematuros, fazem partos

E assim nascerá um novo amor:

Suave, ainda que não tão sutil

De palavras poucas

Entre abraços mil

Um comentário:

.Maria. disse...

"Nunca fruíra com tanta alegria a festa dos sentidos, pega-me, possua-me, receba-me, porque assim, do mesmo modo, te pego, te possuo, te recebo eu."